Conto 4:
Ela nasce no momento que entra por aquela sala. Seu corpo vira braços e se ela pudesse os acolheria no útero. Tem a voracidade de um buraco negro ao engolir o trabalho. Passa pela miséria como quem passa por um jardim. Poda as flores para lhes dizer que vivam. Naquela casa nunca soube o que é medo até sair da sala. Suas raízes estão no olho cego do jardineiro. O vil metal torce os braços para que se reduzam em adequação. Tudo vira desculpa para resignação.
Mas na selva, ninguém ama os bonsais.
Conto 5:
Naquela noite ambos tinham se divertido, conhecido pessoas e secretamente as desejado, esvaziando um pouco o peso de história que tinham. Na cama, depois do sexo, ela encantada com o vazio cabal em si, espontâneamente diz:
- Eu não espero que dure
- O que?
- Aconteceu de pensar assim
- Tu quer ficar sozinha?
- Não, eu vejo encontros contigo em mim
- Pois eu também
- Até onde nos imaginamos juntos?
Ela calou por um minuto e depois o abraçou. Enroscou o pau por dentro de sua virilha e ficaram ali até pegarem no sono.
ENTRE FAMÍLIA E UNICÓRNIOS (JG, 6 anos)
Há 8 anos